construir castelos de areia para pisar depois; parece que a vida é construída de descontrução, paradoxos que se complementam, cair e descair. enquanto não há tempestades e dor, não há vida, certo?
certo?
bem, a vida é isso; ganhar para perder logo depois. nem tão logo, talvez, mas perder é certo. perdas e ganhos, hm, frase meio clichê, meio boba, mas assim é a vida, cheia de clichês e bobagens. seria até engraçado, se não fosse tão doloroso... o mundo gira às vezes rápido demais, nem dá tempo de perceber que passaram-se horas. fui dormir ontem meia-noite, hoje alguém me disse "quatro horas", olhei pela janela e vi que não eram quatro da manhã, era quatro da tarde; o tempo passou e não vi de novo. algum dia a gente aprende a construir castelos e a parar de tentar segurar a areia entre os dedos? a gente até aprende que se deve construir castelos, com a condição de que seja para pisar depois. se não há destruição iminente, eu devo destruir, e por que não? nada é mais forte do que eu nesse quesito, em destruir o que construí. enfim, alguma habilidade há...
estarei me tornando hermética? talvez eu seja musicista e minhas músicas sejam como hermeto pascoal, herméticas, quase incompreensíves. ou talvez seja só uma pretensão tola de alguém que ainda não aprendeu a andar la muito bem sobre as areias da vida...
bobabobabobabobagem... hm.
sensação de que sempre falta, entende? "às vezes eu sou alice, e esse país é uma maravilha", diz a muié, mas outras... é um longo processo de construção.
posso pisar agora?
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jean michel jarre - chronologie 6
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